Nero


 
 
Nero Claudius Cæsar Augustus Germanicus 
 
 
 
 

 

 

    Nasceu a 15 de Dezembro de 37 d.C., em Âncio (Itália) com o nome de Lúcio Domício Enobarboe, era descendente de uma das principais famílias romanas por parte do pai Gneu Domício Enobarbo e da família imperial Júlio-Claudiana por parte da mãe Agripina, pois esta era filha de Germânico e neta de César Augusto.

 

    A ascensão política de Nero inicia-se quando Agripina, a sua mãe, incentiva o seu marido, o Imperador Cláudio, a adoptar Nero como seu filho. Depois escolhe-o como seu sucessor, após desmoralizar os partidários de Britânico (também filho de Cláudio) e de induzir o próprio filho a casar com Cláudia Octávia, a filha do imperador. Nero e Octávia casaram-se em 53, Octávia com apenas treze anos e Nero com  dezasseis.

 
Agripina Minor.
Estátua do Imperador Cláudio
Agripina Minor (16d.c. a 59d.c)

 

 

    Em 54 Cláudio morre, provavelmente envenenado por Agripina, e é então que Nero é proclamado Imperador sem oposição, aos 17 anos. Foi o quinto Imperador Romano entre 54 e 68. No início do seu reinado foi fiel ao senado, mas algumas tragédias palacianas previam mau futuro. Foi justo e moderado enquanto seguiu os conselhos dos seus preceptores Séneca e Burru. Desencaminhado pela luxúria tornou-se o monstro nº 1 da história.

 

Imperador Tibério Cláudio Nero César Druso (10 a.C a 54 d.C.)
 
 
Por 3 vezes tentou envenenar a sua mãe, devido às críticas que esta fazia a sua amante, porém a mãe, Agripina, sabendo o que o filho fazia, tomava um antídoto. Em Março de 59 d.C., quando conseguiu finalmente matá-la, Nero viu-se assombrado pelo espírito da mãe, contratando exorcistas para convocar o espírito dela e pedir-lhe perdão.
Imagem:Claudia Octavia.jpg
 
Em 62 manda assassinar a sua esposa Octávia, e em 65 mata a sua segunda esposa Poppaea, aos pontapés quando esta estava grávida. Teve uma filha, com Poppaea, filha essa que se chamava Cláudia, que morreu logo após o nascimento em 63 d.C.
Nero, consagrou-se pela libertinagem, declarava-se bissexual, afirmando ser o homem de todas as mulheres e a mulher de todos os homens, juntando-se assim com o jovem Sporus, um escravo castrado (com o objectivo de ficar parecido com uma rapariga), a pedido do imperador, com quem mais tarde se casou publicamente.
 
Moedas romanas com a efígie de Cláudia Octávia (40-62)

 

Séneca

 

Lucius Annaeus Seneca (Córdova, 4 a.C. - Roma, 65 d.C.), levou Nero a pretor em 50

 
 
    Em 18 de Julho, no ano de 64 d.C, houve em Roma um grande incêndio, em volta do Circo Máximo, destruiu dois terços da cidade, devido às ruas estreitas e às insulae que eram feitas em madeira. Levou à morte inúmeras pessoas e ao incêndio de Roma que durou nove dias. Suspeita-se ter sido Nero o causador, porém este acusou os cristãos de serem os culpados e deu início a perseguições e martírios que duraram até ao século IV. Centenas de cristãos foram torturados, queimados e atirados às feras nos circos. Nero reconstruiu uma "nova" Roma, as insulae passaram a ser feitas em betão, o que ajudou à diminuição de fogos. Concretizando, assim, o seu desejo de construir uma nova cidade com maior esplendor e com o seu nome.
 

 
Incêndio de Roma (64 d.C) 
 
 
    Nero sentia um grande fascínio pelos dotes dos actores e cantores e por isso tentava fortalecer a sua voz para o palco deitando-se de costas e pondo uma pedra pesada sobre o seu peito. Exibia-se nos teatros e circos como Histrião e criou os jogos chamados Juvenália e Neronis, devido à sua vaidade e aos supostos dotes artísticos e de cavalaria.
 
    Considerava-se um artista e gostava de ser tratado como tal. Por isso, ficaram conhecidos os seus banquetes em que obrigava tanto a corte como o povo a ouvirem os seus poemas e cantigas. Favoreceu cultos orientais estranhos à tradição romana e recorreu fartamente aos processos por traição para confiscar bens dos ricos e nobres.
 
    Nero utilizou os fundos públicos para construir um magnífico palácio conhecido por “Casa Dourada”, que tinha salas revestidas a ouro e incrustadas de pedras preciosas.

 

 

                                                    A Domus Aurea (CasaDourada)

 

 

    Em 65, surgiu a Revolta de Pisão na qual estava envolvida uma grande parte da aristocracia senatorial, a resposta de Nero foi violenta e deu origem a vários assassinatos e execuções, de onde se destaca os de Séneca e do poeta Lucano, que sem direito a julgamento foram obrigados a cometer suicídio.
 
    Em 66, Nero parte para a Grécia para participar nos Jogos, onde recebe 1108 prémios.
 
    Em 67 d.C., Nero desembarca em Nápoles e para marcar os seus feitos maravilhosos manda derrubar parte das muralhas da cidade. Em seguida dirige-se para Roma onde entra sentado no carro que Augusto usava para comemorar as suas vitórias, e faz questão de passar pelo circo Máximo e de atravessar o Fórum. Foi recebido com muitas fitas e outras provas de consideração como o sacrifício de animais durante o trajecto. Decorou os seus aposentos com as coroas da vitória e encomendou estátuas de si próprio sentado enquanto tocava lira.
 
    Em 68, Nero tornou-se insuportável como imperador, o que levou a que Sérvio Sulpício Galba, governador da Tarraconense, na Hispânia, marchasse contra Roma à frente de um enorme exército. O senado seguiu o rumo dos acontecimentos e declarou Nero nefas e persona non grata, ou seja Nero deixava de ser bem-vindo, sendo considerado um inimigo público e nomeou Galba o novo imperador.
 
 
    Nero foi obrigado a fugir de Roma, refugiando-se em casa do liberto Faon, pois ser declarado inimigo público significava ser castigado à “moda antiga”, ou seja nu e açoitado até à morte com varapaus.
 

    A 9 de Junho de 68 d.C, com a ajuda do seu secretário, Nero acaba por se suicidar com um punhal na garganta. O seu funeral foi realizado por apenas uma ex-escrava e amante chamada Cláudia Acte, a única pessoa que se manteve fiel a este.

 

    Nero, foi o último imperador da Dinastia Júlio-Claudiana. À sua morte seguiu-se um período de paz, mas por pouco tempo.

 

    O ano de 69 d.C. foi dominado pela guerra civil e ficou conhecido como o ano dos quatro imperadores.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Bibliografia

Internet

- http://www.diario-universal.com/2006/12/nasceu/o-imperador-nero/

- http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/imperio-romano/nero-2.php