Janeiro
Podemos observar nesta passagem o dia escolhido para a troca de prendas, onde demonstra que Jean de Berry gostava de dar e receber.
Elementos significativos representados na obra:
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Paul de Limbourg e os seus irmãos costumavam participar nas celebrações festivas, presenteando o príncipe com um objecto meritório do seu talento.
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O Duque sentado na sua mesa, rodeado de amigos. Atrás dele, a chama de uma larga fogueira na lareira monumental sendo guardado por um painel de Vime.
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Encontra-se acima da lareira, uma ceda vermelha enterrando o Duque em motivos heráldicos: fleurs-de-lys douradas esparramam-se num chão azul.
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Cisnes e Ursos feridos simbolizam o amor do Duque por uma donzela chamada Ursine. Tapeçarias penduradas atrás da abobada que ilustra cavaleiros emergindo dum castelo fortificado para confrontar o inimigo; as poucas decifráveis palavras da poesia inscritas no topo da tapeçaria parecem indicar uma representação da guerra de Trojan War como foi imaginada na França Medieval.
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A mesa esta coberta com tecido cor de damasco e decorada com travessas, pratos e um belo saleiro dourado com a forma de um navio, que é referido no inventário como o “saliére du pavillon” (o saleiro do pavilhão). O pequeno cão do Duque passeia entre os pratos. Atrás do Duque estão dois jovens cujas vestes sugerem figuras das cenas de Abril, Maio ou Agosto. Um deles inclina-se casualmente nas costas da cadeira do Duque. Possivelmente serão membros da família ou príncipes do seu cortejo.
É provavelmente um amigo chegado, Martin Gouge, Bispo de Chartres, que partilha o gosto do Duque por belos livros.
Existem outras figuras, incluindo um homem com uma cara rígida e obstinada, que usa um capuz vincado sobre uma orelha. Paul Durrieu (Les Très riches Heures de Jean de France, duc de Berry, p. 131).
Acredita-se que Paul Limbourg pretendia que esta figura fosse um auto-retrato, uma hipótese que parece ser a mais credível uma vez que essa cabeça coberta reaparece em dois outros livros de horas de Limbourg: o “Petit heures” e o “Belles heures”. Se a hipótese fosse levada mais longe, poderíamos identificar uma figura encapuzada, bebendo gananciosamente de uma chávena, como um dos irmãos, e a mulher por trás dele, cuja cara esta parcialmente escondida, como a mulher de Paul de Limbourg, Gillette le Mercier, filha de um burguês Bourges.
Está representado também um transportador de chávenas, um agricultor, e um cortador de carne, esperando ocupados na mesa á frente dos oficiais da corte do Duque, completam esse vigoroso quadro que recria uma cena familiar da vida da corte de Jean Berry.
Bárbara de Sousa e Marta Silva
11º4
Bibliografia consultada:
http://www.christusrex.org/www2/berry/f2r.html
Irmãos Limbourg
Comments (1)
Anonymous said
at 1:44 pm on May 5, 2008
Não era pedido para fazerem a tradução do texto para português (é uma boa tradução)mas sim para analisarem a iluminura, apontando os aspecto mais significativos da mesma.
Alguns dos aspectos que referem só seriam possíveis se tivessem a iluminura à vossa frente, bem como as referências a outros personagens.
Como tradução está bom, mas como trabalho de análise está insatisfatório.
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