Donatello
Donato di Niccoló di Betto Bardi- mais conhecido como Donatello – foi um grande escultor italiano do Renascimento, século XV. Trabalhou em Siena e Florença, Prato e Pádua, onde terá realizado obras de tão grande mérito expressivo que o catapultou para a fama e a imortalidade.
Crê-se que, nascido no ano de 1386, cedo terá manifestado grande habilidade na escultura, vindo-se a tornar no grande escultor italiano que foi, e imortalizado para sempre dado o seu talento em representar a beleza em algo tão comum como uma pedra.
Pode-se dividir a carreira de Donatello em três períodos: o primeiro, quando Donatello se iniciou na escultura, apresentado características de Gótico; o segundo, define-se num confiar nas características da escultura helenística; no terceiro período, o mais importante e culminar de toda a sua carreira, liberta-se do Classicismo e adere à dramatização da estátua como forma de demonstração dos sentimentos.
Uma primeira fase, o inicio de um génio...
Começara como um simples ourives. Durante a adolescênçia fora educado por Roberto Martelli, partindo para estudar clássicos de arquitectura com Brunelleschi na capital, Roma, em 1402. Mais tarde, entre 1404 e 1407, e após um concurso de escultores concorrentes a trabalhar no Baptistério - do qual Ghiberti saira vitorioso -, fora ajudante deste durante aproximadamente 3 anos. Mas só em 1408 é que Donatello viria a demonstrar o seu talento na arte da escultura, quando esculpiria a estátua de David, em mármore, demonstrando sinais de um Gótico já tardio. Sem a supervisão do seu mestre, Donato conseguiu demonstrar a sua capacidade sublime de representar o corpo humano numa harmonia e perfeição lendárias. Foi nesta obra também que Donatelo retomou ao contrapposto,a “velha” característica clássica que conferia à estátua uma grande expressividade e vitalidade.
Mas Donatello obviamente não ficara por aí, e após David outras obras se seguiram: São Jorge, de 1415-17, uma estátua de um santo orgulhoso, divinizado a herói triunfante, símbolo do Renascimento. Na base da estátua - São Jorge e o Dragão - Donatello representou um baixo-relevo, um schiacciato, e onde o escultor faz uso de perspectiva e de um plano representativo nítido para “narrar” a luta do santo contra a besta. Seguira-se também S. Luís de Toulouse – 1423-1425 – onde o mestre demonstraria a sua “familiaridade” com os ideais de Masaccio; uma silhueta com um movimento acentuado e expressivo.
Uma segunda fase, a subida do génio…
Pode-se definir esta segunda fase da carreira de Donatello como a fase mediana, aquela que pouco a pouco o aproximava da fama. Aqui Donatello decidira confiar nos parâmetros do clássico e da escultura da Antiguidade. Desde 1425, e durante uma década, Donatello concentrara-se no seu trabalho com o escultor e arquitecto florentino, Michelozzo, um número de vários projectos realizados em parceria. Um deles fora no Batistério, um monumento fúnebre para o Papa João XXII. Aqui, Donatello executara uma figura do Papa, em bronze; Michelozzo focara-se na arquitectura do edifício.
Mais tarde, em 1430 e durante 5 anos, Donatello criara a obra mais notável deste período, provavelmente da sua carreira também: David. Aqui a estátua já não era em mármore como a sua antecessora gémea, mas em bronze. David tornara-se a primeira estátua de pé, nua, criada desde a Antiguidade, e representativa do eleito Rei de Israel que derrotara o gigante Golias. A forma do adolescente em si denota uma beleza que, aliada a sinuosidade e à ênfase do chapéu, espada e luvas, simboliza o ideal Renascentista do Belo e viorioso, uma demonstração de racionalidade emergida de um heroí adormecido que triunfaria sobre força bruta.
Uma terceira fase, o cume do génio…
Foi nesta fase da carreira de Donatello que ele conseguira chegar ao cume. Formalmente iniciada em cerca de 1440, Donatello rompera totalmente com a influência clássica e concentrara-se exclusivamente na representação realista, dramática e personificada de cada obra que dai adiante realizara. Deste período pode-se destacar obras como Os Milagres de S. António e a estátua equestre Guattamelata, inspirada na de Marco Aurélio. Aqui, Donatello reinventa o conceito de estátua equestre, criando harmonia e proporcionalidade entre o imperador e o cavalo, e atribuindo ao cavaleiro uma sensação de liderança e poder.
Foi neste período final de Donatello - após ter retornado à sua terra natal, Florença - que o escultor criara Maria Magdalena, em 1453, quando retomou a Florença. A obra em si nega uma beleza física que outrora definira o estilo de Donatello, acabando por privilegiar um corpo esquelético, dor implícita no rosto e expressividade sentimentalista da alma humana. Finalizada a estátua, Donatello ainda viria a realizar um São João Batista para o Duomo de Florença, morreria inesperadamente na mesma cidade onde nascera, decorria o ano de 1466.
Após a sua morte, o seu pupilo mais importante fora Desiderio da Settignano, que, apesar de ser pupilo de quem era, nunca adquirira o talento do seu tutor.
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Trabalho realizado por: João Lamas, nº 9
Comments (8)
Anonymous said
at 4:46 pm on May 15, 2008
Bem que o stor podia comentar o trabalho...
Anonymous said
at 10:18 pm on May 21, 2008
Olá João.
Tens razão, já podia ter comentado o teu trabalho, e é isso que vou fazer a todos os trabalhos a partir de amanhã. Um abraço.
Anonymous said
at 3:26 pm on May 22, 2008
O texto que se encontra a vermelho é para refazer. Faltam imagens das obras e a respectiva explicação.
Rever a questão dos espaços entre as linhas dos parágrafos.
Anonymous said
at 4:32 pm on May 22, 2008
O stor que reponha a cor, eu nao consigo tirar o background para ficar transparente...
Anonymous said
at 4:53 pm on May 22, 2008
Já resolvi o assunto stor. Recomendo que não faça isso noutros trabalhos, depois para resolver é um problema do diabo.
Anonymous said
at 8:32 pm on May 22, 2008
Então stor, o artigo parece-lhe bem? Queria ver se tinha um 20 desta vez...
Anonymous said
at 5:14 pm on May 23, 2008
Vou reler as alterações. Existem links que não funcionam.
Anonymous said
at 8:16 pm on Jun 3, 2008
Falta a conclusão e a bibliografia.
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